Depois de algum tempo de estudo, chega o momento em que você obtem um bom desempenho na prova preambular, de modo que o seu nome constará na lista de aprovados para a segunda fase do concurso.
De posse dos nomes do examinadores, você verá que alguns são membros da Magistratura/Ministério Público/Defensoria; outro poderá ser representante da OAB e, ainda, um representante da academia.
Depois de alguns momentos de extrema felicidade, bate a dúvida: “O que fazer agora?”
Organizando o estudo
Até então você vinha lendo a letra da lei e estudando doutrina ou seus resumos.
O estudo continua o mesmo?
Não, inicialmente porque nas provas de segunda fase, normalmente é permitido consultar a legislação.
As questões (e estudo de casos, sentenças ou peças, conforme o concurso) deverão seguir uma abordagem mais doutrinária.
Os examinadores que farão a avaliação da sua prova discursiva têm a tendência a cobrar assuntos com os quais estejam familiarizados.
Por exemplo, um examinador que é professor de Direito Empresarial dificilmente proporá uma questão de Direito Financeiro, já que esse é um assunto que provavelmente não domina.
Para organizar os estudos, inicialmente procure a nominata da banca do concurso.
Ela consta junto dos editais do concurso ou no regulamento.
“Estudando” a banca
Pegue cada um dos nomes e busque informações na Plataforma Lattes.
Estando o currículo do examinador na plataforma, você poderá verificar a Formação acadêmica/titulação, buscando aí os temas eleitos para elaboração de monografias.
Também deverá verificar a “Produção Bibliográfica” para buscar os artigos e livros publicados.
De posse dessas informações, você já saberá em que área cada examinador atua.
A ênfase dos seus estudos deverá ser nessas áreas.
Buscando o material de estudo
O passo seguinte é encontrar os artigos e livros.
As bibliotecas dos Tribunais e do Ministério Público localizadas nas capitais normalmente atendem o público externo (consultas feitas por não servidores e não membros do órgão) e são um ótimo local para encontrar os artigos e livros, mesmo que nem sempre seja possível retirá-los por empréstimo.
Ainda, é necessário estudar a jurisprudência produzida pelos membros da banca (concursos para magistratura) e peças processuais (demais concursos).
Ainda no caso dos concursos para magistratura, providência necessária é adquirir livros específicos sobre elaboração de sentença cível e penal.
Estudo em grupo
E você está pensando: “Como fazer tudo isso?”
Superada a prova objetiva, a banca assume o papel de principal obstáculo do candidato – a quantidade de concursos onde os aprovados, ao final, são em número menor que o de vagas cresce a cada dia.
Recentemente uma banca não aprovou sequer um candidato na segunda fase (TRT-PA).
ATUALIZAÇÃO: outra banca que reprovou todos os candidatos na sentença (TRT-BA)
ATUALIZAÇÃO: outra banca que reprovou todos os candidatos na sentença (TRT-BA)
Diante desse quadro, os candidatos passaram a se unir em grupos de preparação para segunda fase, dividindo as tarefas de pesquisa e resumo de material.
Esses grupos, que reunem candidatos que vivem nas partes mais remotas do país, normalmente são organizados através de grupos de e-mails ou Whatsapp. Para encontrar tais grupos, é possível recorrer aos Fóruns do CorreioWeb ou Grupos do Facebook.
Os grupos de estudo certamente são ótimos instrumentos de troca de conhecimento, aprendizagem e compartilhamento de angústias.
Eles se formam assim que os possíveis aprovados são identificados e se mantém, muitas vezes, até as provas orais, ou as ultrapassam, gerando laços de amizade que persistirão por toda vida.
Você tem alguma dica de preparação para a segunda fase? Participe deixando-a nos comentários.
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